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segunda-feira, 26 de julho de 2010

O grito verde da moda

Faz um tempo que a moda verde deixou de ser restrita a tecidos feitos a partir de garrafas PET, algodão orgânico ou fibra de bambu. Novas formas de pensar a fabricação de estampas e jeans são um bom exemplo. O tingimento natural, adotado pela Osklen em sua última coleção, lançada na São Paulo Fashion Week, também.

Ma mesma direção, as roupas de banho da marca Movimento reaproveitaram pele de peixe, e as pulseiras da estilista Andrea Marques são feitas com madeira de demolição.

Saindo da área de materiais e técnicas utilizados para conferir quem está trabalhando na máquina de costura, a ideia de pagar um preço justo a toda a cadeia envolvida na produção, poluir menos e cuidar do bem-estar dos trabalhadores se fixa em um mercado que só cresce. No Brasil, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) estima que o faturamento do setor no ano passado alcance a marca de US$ 47 bilhões.

A conscientização de varejo e consumidores ajuda a firmar o algodão orgânico e o tecido de PET, mesmo sendo conceitos mais banalizados, como referências de menor impacto. Com isso, camisetas de algodão orgânico começam a chegar em grandes lojas de departamento no Brasil a preços mais acessíveis.

A criatividade e a inovação comuns ao brasileiro podem ser grandes aliadas para transformar o mercado da moda, conhecido por seu estímulo ao consumo desenfreado e pelo caráter descartável, em um adepto da sobrevida e da transformação.

Dar nova vida a algo que estava próximo do fim sem passar por processos químicos e físicos de reciclagem. É mais ou menos isso que o upcycle, conceito do momento na Europa, prega. Na moda do futuro, o artesanato, a customização e a individualidade no jeito de vestir podem ser grandes saídas.

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